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Publicado por segadoras o agosto 05, 2018

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Um senhor que passava por ali, por Susana S. Arins

Celia, a filha de Ramón, o falangista bom, botou-me em cara que falasse de seu pai como isso, como um alcalde falangista. Ele era bom, ajudou muita gente. A outra não, repliquei eu ousadamente; esse é o caso, a uns ajudou, a outros danou, porque estava em posição de poder, de um poder ditatorial baseado na arbitrariedade. Quando tivemos um segundo encontro, messes mais tarde, Celia, a filha do falangista bom, entre anedotas sobre o pai que eu meti na segunda edição do meu seique , contou-me algo que fez que a admire como nunca: sabes, ando a falar com as minhas amigas, peço-lhes que me contem a sua infância. E olha, agora percebo o que me dizias do meu pai e o poder. Eu não passei fame, pude estudar, mesmo tive aulas de piano. E elas, quase todas, tiveram neinices pobres e frias. As minhas amigas. Celia estava a revisar o seu privilégio de filha de alcalde franquista. Sem culpas. Sem golpes no peito. Com escuita e aceptação. O que não fez (em realidade todo o contrário) Inma López S

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