Manifesto d'A Sega

Co sombreiro ancho e un foucín na man, estamos dispostas. É tempo xa de sega, de apañar o que outras sementaron, facer as gavelas, debullar o gran e facer algo útil da palla. É hora de que o oficio adquirido cos sólidos vimbios do estudo e da análise crítica saia a que lle dea o sol na cara.



A sega nace do exercicio de observar un panorama da crítica caracterizado polos silencios das voces das expertas, por lecturas sen explicitación da posición, pola falla de análise crítica dos textos das autoras. O tempo é chegado de okupar con enerxía o espazo público para que as lecturas críticas adopten voces ás que non se lles deu ata o momento nin visibilidade nin autoridade. 

Na sega as nosas voces individuais póñense ao servizo do colectivo nun cantar da sega que se caracteriza polo exercicio reflexivo e responsable dunha lectura que poida orientar á comunidade que le. Amosaremos de forma clara os calos das nosas mans, a bagaxe compartida do coñecemento feminista e subalterno para abrir un espazo onde a autoridade se derive do coñecemento e onde a crítica se entenda como un exercicio responsable de intervención no espazo público, de visibilización da escrita e de pertenza gozosa á comunidade lectora galega. 

O noso foucín pasará áxil polos libros sen facer distinción de xéneros, épocas, estándares ou novidade, mais cun afán claramente visibilizador de textos que se impulsan ás marxes ben co silencio ou ben con lecturas nesgadas e cargadas de bagaxes patriarcais. O noso foucín tentará poñernos en conexión co mundo, amosando tamén lecturas de textos doutras linguas non hexemónicas grazas a unha rede ampla de colaboradoras doutras latitudes. 

Coas mangas refucidas, as segadoras tenderemos as nosas mans primeiro cara á nosa propia cuadrilla, na que todas somos maioralas e como tales avaliaremos calquera crítica que queira publicarse neste o noso campo por un proceso de revisión entre pares que asegure a calidade dos monllos que arrexuntamos. Coas mangas refucidas, faremos a forza necesaria para que de entre as nosas segadoras se singularicen proxectos individuais que estean presentes na rede e nos medios de comunicación en pé de igualdade merecida con outras voces que ocupan ata o de agora de forma exclusiva eses espazos de autoridade e remuneración. 

No medio do labor, pararemos só para facer a comida da sega, para analizar tamén as bases que nos alimentan, os discursos críticos que manexamos. Daremos así a ver as nosas ferramentas e compartirémolas con quen teña a ben aprender da nosa destreza segadora. 

As segadoras estamos listas. Co sombreiro ben calado. Co foucín na man. Cun sorriso na faciana. Porque quen sega tamén sementa o pobo no que quere vivir. 

-------------------------------------


Co sombreiro amplo e um foucinho na mão, estamos dispostas. É tempo já de sega, de apanhar o que outras sementaram, fazer as gavelas, debulhar o grão e fazer algo útil da palha. É hora de que o ofício adquirido com as sólidas vimes do estudo e da análise crítica saia a que lhe dê o sol na face. 

A sega nasce do exercício de observar um panorama da crítica marcado polos silêncios das vozes das expertas, por leituras sem explicitação da posição, pola falta de análise crítica dos textos das autoras. O tempo é chegado de okupar con energia o espaço público para que as leituras críticas adoptem vozes às que não se lhes deu até o momento nem visibilidade nem autoridade.

Na sega as nossas vozes individuais pôem-se ao serviço do coletivo num cantar da sega que se caracteriza polo exercício reflexivo e responsável de uma leitura que poda orientar à comunidade que lê. Mostraremos de forma clara os calos das nossas mãos, a bagagem compartida do conhecimento feminista e subalterno para abrir un espaço onde a autoridade seja derivada do conhecimento e onde a crítica seja percebida como uma prática responsável de intervenção no espaço público, de visibilizaçaõ da escrita e de pertença gozosa à comunidade leitora galega.

A nossa foucinha passará ágil polos livros sem fazer distinção de gêneros, épocas, padrões ou novidades, mas com uma vontade claramente visibilizadora de textos que são impulsados às margens bem com o silêncio ou bem con leituras nesgadas e carregadas de bagagens patriarcais. O nosso foucinho tenciona pôr-nos em conexão com o mundo, mostrando também leituras de textos doutras línguas não hegemônicas graças a uma rede ampla de colaboradoras doutras latitudes. 

Com as mangas arregaçadas, as segadoras tenderemos as nossas mãos primeiro face a nossa própria quadrilha, na que todas somos maioralas, e como tais avaliaremos qualquer crítica que queira publicar-se neste nosso campo, por um processo de revisão entre pares que asegure a qualidade dos monlhos que arrejuntamos. 

Com as mangas arregaçadas, faremos a força necessária para que de entre as nossas segadoras sejam singularizados projetos individuais que estejam presentes na rede e nos meios de comunicação em pé de igualdade merecida com outras vozes que até agora ocupam de forma exclusiva esses espaços de autoridade e remuneração.

No meio do labor, pararemos só para fazermos a comida da sega, para analisar também as bases que nos alimentam, os discursos críticos com que operamos. Daremos assim a ver as nossas ferramentas e comparti-las-emos com quem tenha a bem aprender da nossa destreza segadora.

As segadoras estamos prontas. Com o sombreiro bem calado. Com a foucinha na mão. Com um sorriso na faciana. Porque quem sega também sementa o povo no que quer viver.

Comentarios